segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

2008-01-19

Dias de agitação em Bruxelas com a próxima presidência da Europa. Tony Blair perfila-se para ser o primeiro presidente da União, função criada pelo recente Tratado de Lisboa, a partir de Janeiro 2009. Paris, Berlim e Londres preferem Blair, que já disse: “Em matéria de Europa, não se trata de esquerda ou de direita, mas de futuro ou de passado e, mesmo, de força ou de fraqueza.” Durão Barroso vê o horizonte a afunilar...

Tony Blair apresentou (em francês escorreito) a sua visão programática da Europa no recente congresso do partido de Sarkozy. O terrorismo, a segurança, a imigração, a energia, o ambiente, a ciência, a biotecnologia, o crime organizado e o ensino superior são as suas prioridades. Sarkozy chamou-lhe “um grande da Europa”.

Paz e petróleo, objectivos da viagem do presidente Bush ao Médio Oriente, são uma aposta derradeira na aliança com Riade. O aumento da produção e o controlo dos preços do petróleo são decisivos para a saúde da economia e o rei Abdallah manifestou a Bush a sua “compreensão” Em Maio, Bush volta à região.

Dois atentados falhados em escassos dias: o bombista suicida de Kabul falhou o embaixador norueguês e os terroristas de Beirute confundiram o carro do embaixador americano Identificados pelos serviços americanos como encomendas do Irão, estes fracassos revelam a dificuldade do terrorismo face a uma segurança mais sofisticada.

Ali Khamenei, guia supremo do Irão, recebeu o major-general e comandante do Exército Ataollah Salehi na sequência do relatório que este lhe enviou em Novembro a denunciar o subequipamento das forças armadas.

Alargamento do domínio das matérias-primas pela China. Conquistada África, é a vez da América Latina, com as minas do Peru e México como primeiros alvos.

Decidido no Parlamento que os serviços de informação franceses vão ter acesso aos ficheiros do Fisco, no quadro da luta antiterrorista.

José Mateus, Consultor em Inteligência Competitiva

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