Guillermo León Sáenz
é o novo líder das FARC
25 de Maio de 2008, 20:30
Bogotá, 25 Mai (Lusa) - O novo chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) é o antropólogo Guillermo León Sáenz, conhecido como "Alfonso Cano", substituindo o falecido "Tirofijo", anunciou hoje o grupo guerrilheiro.
Num vídeo hoje difundido pela cadeia televisiva TeleSur, com sede em Caracas, as FARC confirmam que "Tirofijo" faleceu a 26 de Março devido a uma paragem cardíaca e comunica que é sucedido como líder máximo do movimento por "Alfonso Cano".
"Com imenso pesar informamos que o nosso comandante em chefe, Manuel Narulanda Vélez, morreu no passado 26 de Março em consequência de um enfarte cardíaco nos braços dos seus companheiros e companheiras e rodeado da sua guarda pessoal e de todas as unidades responsáveis pela sua segurança, após uma breve enfermidade", disse "Timochenko", um dos membros do secretariado-geral das FARC.
"Timochenko" revelou hoje que as FARC decidiram "unanimemente" que "a cabeça do secretariado e novo comandante do estado-maior central é o camarada Alfonso Cano", cujo verdadeiro nome é Guillermo León Sáenz.
"Cano" é militante das FARC há 31 anos, e é considerado com um dos ideólogos da guerrilha.
Sáenz, conhecido como "Cano" nasceu a 22 de Julho de 1948 en Bogotá, estudou Antropologia na Universidade Nacional de la capital colombiana e era até agora chefe político do Bloco Ocidental e membro do Secretariado (chefatura máxima) das FARC.
Antes de ingressar nas fileiras da FARC pertenceu ao Partido Comunista Colombiano e foi seu "comissário político".
Desde 2000, é o responsável do Movimento Bolivariano da Nova Colômbia, um projecto político da principal guerrilha colombiana.
"Alfonso Cano", tem 47 ordens de captura e um "circular vérmela" da Interpol por rebelião, terrorismo, homicídio e sequestro.
Representou as FARC nos diálogos frustrados com o Governo do Presidente colombiano, César Gaviria (1990-1994), em Caracas e na localidade mexicana de Tlaxcala.
Outros líderes das FARC são Luciano Marín Arango, conhecido por "Iván Márquez", Jorge Briceño Suárez, conhecido por "Mono Jojoy", Rodrigo León Londoño, ou "Timochenko", e Milton de Jesús Toncel Redondo, designado "Joaquín Gómez".
NL. Lusa/Fim
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