sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

2007-11-24

Cimeira Europa-China. Para os chineses, esta próxima cimeira, no dia 28, é momento de “aprofundar confiança” entre “parceiros” e informar os europeus sobre as grandes linhas da agenda política chinesa para os próximos cinco anos, definida no recente congresso do PCC. Tempo, portanto, para aqui vermos algumas das maiores novidades chinesas.

A ofensiva cultural de Pequim, com o lançamento da rede dos Institutos Confucius, ainda não chegada a Lisboa, pode ser, para além da afirmação cultural estratégica, um modo de facilitar discretas transferências de tecnologia em proveito de Pequim e de grupos chineses.

A espionagem chinesa coloca riscos de primeira grandeza às tecnologias americanas, conclui um relatório do Congresso dos USA, que recomenda ainda um aumento dos esforços para garantir a segurança dos segredos industriais e proteger as redes de computadores.

A China culpa os biocombustíveis pelo aumento da inflação dos bens alimentares e pretende alcançar a liderança nas energias renováveis, solares ou eólicas, e ultrapassar os USA, a Europa e o Japão, nos próximos três anos.

Os Jogos Olímpicos Pequim–2008 estão a causar fortes dores de cabeça aos responsáveis chineses, mas o chefe do Centro de Comando de Segurança dos Jogos, Liu Shaowu, jura que não vai permitir quaisquer protestos e que as forças de segurança estão prontas para esmagar dissidentes e para não tolerar “violações da soberania chinesa”.

A Economia continua sobreaquecida
e a não responder às medidas de controlo tentadas pelo governo de Pequim. Para muitos peritos ocidentais, este sobreaquecimento incontrolável é fruto da manipulação da moeda que mantém o yuan muito abaixo do seu valor real.



José Mateus, consultor em Inteligência Competitiva

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